sábado, 20 de agosto de 2011

Morrer para Viver


Por Islan Nascimento

Neste espaço em que refletimos sobre saúde, você deve estar pensando que mudamos o foco... Sempre que se fala em saúde relacionamos logo com a palavra VIDA. Também faço essa ligação. Todo médico faz. Toda a gente faz...

Acontece que um evento que só ocorre uma vez em toda nossa vida, que é bem mais importante que qualquer outro. Mais até que o dia em que sua filha se casa com o melhor dos maridos (quem é pai vai entender essa comparação). Esse evento é deixado de lado, é tema para não se conversar: O Morrer.

Muitas são as maneira erradas que se aborda o tema: filmes de terror, os programas de TV do meio-dia sobre os assassinatos da cidade, o suicídio de jovens na capa do jornal,... Sempre algo distante e fictício. Até que um dia. Sem que a procuremos. Ela entra em nossas vidas, sem ser chamada. E por mais que ela exista, e sempre existirá, nos pega desprevenidos, sempre.

No momento que ela aparece, abre-se um portal para outros aspectos do conhecimento humano. Não há mais a ciência, a medicina, a razão. Agora é assunto para as religiões, o sobrenatural, a emoção. Fica a pergunta: O que acontece na morte e após ela?

Há três décadas, o psiquiatra norte-americano, Raymond Moody Jr. trouxe ao conhecimento do grande público uma coletânea de relatos de EQM - Experiência de Quase Morte, através do livro "Life after Life" (1). Os pacientes trazem todos os sintomas de morte clínica: ausência de batimentos cardíacos e resposta neurológica aos estímulos. As vítimas, ao serem “ressuscitadas”, relatam que flutuaram sobre o seu corpo físico, acompanharam os acontecimentos e perceberam que possuem outro corpo, e que sua consciência acompanha este novo corpo, de natureza extrafísica. Pacientes encontram-se com seus familiares e amigos já falecidos, com imensa alegria. Todos lhe dizem das tarefas desenvolvidas neste mundo extra físico, da necessidade de continuar trabalhando, evoluindo e estudando, que os laços familiares não se rompem, pelo contrário, se fortalecem através do amor e do perdão.

Mas algo muito importante fica com essas pessoas que passam por estas experiências: a valorização da vida e a menor preocupação com as coisas materiais. Falam da sensação de felicidade por estarem perto de seus familiares e amigos. Muitos mudam suas maneiras de viver.

Do lado da ciência os pesquisadores mais e mais buscam entender estes eventos de “Quase Morte”, quem sabe encontrando nossa porção espiritual nestas experiências. Abre-se assim uma nova área de pesquisas, que ajudará, entendendo melhor a morte e termos uma vida mais cheia de VIDA.

Do nosso lado fica a pergunta: será que precisamos “quase morrer” para que os verdadeiros valores da vida possam ser buscados? Entendendo a Morte poderemos ter mais VIDA? Para muitos a morte ainda será uma grande surpresa, ainda terão que MORRER PARA VIVER...

1 - http://magazine.godsdirectcontact.net/portuguese/179/ss_38.htm

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