quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Nota de Esclarecimento Campanha A Bahia pela Paz.

Nota de Esclarecimento Campanha A Bahia pela Paz. O Movimento Salvador pela Paz vêem à público esclarecer a origem da Campanha A Bahia pela Paz. O Movimento Salvador pela Paz, inspirado e estimulado pelo sucesso da Campanha Salvador Pela Paz, promovido pela ONG desde 2008, cria, no final de 2010, a Campanha “A Bahia pela Paz”. Desde então, muitas atividades foram realizadas e amplamente divulgadas nos mais variados veículos de comunicação como jornais, blogs, TV, sites, inclusive a participação nos processos de implantação da Base Comunitária de Segurança no Calabar. Essa foi uma conquista alcançada graças ao trabalho e ao empenho do Instituto Baiano da Paz através do Movimento Salvador pela Paz por meio da Campanha A Bahia pela Paz, quando reivindicamos em diversas ocasiões, em artigos publicados na imprensa e em blogs locais, a instalação das UPPs na Bahia como medida preventiva da violência. Buscando conhecer de perto as Unidades Polícias Pacificadoras, o Movimento Salvador pela Paz e a coordenação da Campanha A Bahia pela Paz, representado pelo coordenador Jupiraci Borges, subiu os morros cariocas com o intuito de conhecendo de perto a realidade das comunidades bem como as ações, práticas, processos e realidade das instalações das UPPs no Rio de Janeiro. A Campanha recebeu, entre outros, apoio da câmara de vereadores de Salvador, desde o inicio, aliada às ações de combate à violência em Salvador. Essa nota objetiva unicamente esclarecer sobre a origem e autoria da Campanha A Bahia pela Paz. Lógico que aceitamos a contribuição e parceria de todos os cidadãos e cidadãs, órgão públicos e privados mas não somos tutelados por nenhum partido político. O Movimento é suprapartidário. A Campanha “ A Bahia pela Paz” é uma ação do Movimento Salvador pela Paz para o povo baiano. Acessando o site www.abahiapelapaz.com.br poderão obter mais informações sobre o Movimento Salvador pela Paz e a Campanha A Bahia Pela Paz.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Enganado de novo?, por Ricardo Noblat

Ao se convencer que o Supremo Tribunal Federal seria duro com os réus do mensalão e despacharia para a cadeia cabeças coroadas do seu governo, Lula observou outro dia numa roda de amigos: "Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo". A memória coletiva é falha. Não costuma guardar frases longas. Lula poderia ter dito algo do tipo: "A História me absolverá". Foi Fidel Castro quem disse em 1953 depois da tentativa malsucedida de assaltar o quartel de Moncada na província de Santiago de Cuba. Como advogado, e ótimo orador, fez questão de se defender no tribunal. Aí cometeu a frase. Não sei se a História absolverá Fidel. No caso de Lula é ainda cedo para prever quem escreverá o último capítulo de sua biografia. Só digo para não confiar muito no povo. Em 1960, por exemplo, Jânio Quadros se elegeu presidente com uma votação recorde. Renunciou com sete meses de governo. Imaginou voltar ao poder nos braços do povo. Desconfiado, o povo não se mexeu. Na véspera de tomar posse em 1985, o presidente Tancredo Neves baixou hospital. Viveu apenas mais 39 dias para ser operado sete vezes. Foi uma comoção. Um ano depois, pouca gente ainda o citava. Lula só terá a chance de ver o povo escrever o último capítulo de sua biografia se for de novo candidato a presidente. Do contrário, o mensalão ficará para sempre como o desfecho de uma trajetória - toda ela - excepcional. Quem diria que um fugitivo da miséria do Nordeste, um ex-torneiro mecânico semianalfabeto, governaria o Brasil duas vezes? E elegeria seu sucessor? Quem diria que o partido dele, dono do discurso da ética e da honradez, patrocinaria um dia o maior escândalo de corrupção da história recente do país? É patética a reação de alguns dos condenados do PT às decisões tomadas pelos ministros do Supremo. Sugerem que os ministros trocaram de lado se unindo aos conservadores e reacionários. Culpam a imprensa por isso. (Jamais em parte alguma vi uma imprensa tão poderosa...). E incitam os chamados "movimentos sociais", movidos a dinheiro público, a promover o "julgamento do julgamento". Voltaremos à época dos júris estudantis simulados? Se voltarmos estarei dentro! Os mensaleiros foram sentenciados por uma larga maioria de ministros que Lula e Dilma escolheram. A imprensa é livre para defender seus pontos de vista, embora seja falsa a ideia de que atua em bloco cobrando a condenação dos réus. Até porque a maior fatia dela é chapa branca, sempre foi e sempre será. Como não tem independência financeira não pode sequer fingir que tem independência editorial. Por esperteza e sensatez, Lula aguarda em silêncio o fim do julgamento. Deveria se sentir obrigado a comentá-lo mais tarde. Não é possível que nada tenha a dizer sobre a condenação daquele a quem chamou um dia de "o capitão do time" - José Dirceu. E sobre o pedido de desculpas que ele próprio apresentou aos brasileiros quando se disse traído e apunhalado pelas costas. Admite que o Supremo identificou os traidores? Se responder que não é porque sabe quem o traiu. Que tal aproveitar a ocasião e explicar o que o levou a avalizar para cargos importantes do governo nomes indicados por Rosemary de Noronha, secretária de Dirceu durante mais de 10 anos? Ao herdar Rosemary, Lula a promoveu a chefe de gabinete da presidência da República no escritório de São Paulo. Sempre que viajava ao exterior, Rosemary o acompanhava. Pois bem: na semana passada, a Polícia Federal prendeu seis pessoas e indiciou mais 12, acusadas de fraudarem pareceres em agências e órgãos federais. Acusada de corrupção ativa, Rosemary faz parte do grupo, e mais dois irmãos que ela empregou no governo. A nomeação de um deles foi recusada duas vezes pelo Senado em dezembro de 2009. Lula forçou a mão e no ano seguinte a nomeação foi votada pela terceira vez. Finalmente saiu. Por que tanto empenho para atender um pedido de Rosemary? Enganado de novo, Lula? Sei. Seja pelo menos original. Não fale em traição. Nem em apunhalamento pelas costas. Siga o Blog do Noblat no twitter