quarta-feira, 29 de junho de 2011

Seis anos após o mensalão, Vladimir deixa o PT

Fundador do partido alega agora que volta de Delúbio Soares à sigla ‘faz com que todos se pareçam iguais’

Alessandra Duarte, O Globo

Seis anos após o escândalo do mensalão, Vladimir Palmeira deixou o partido que ajudou a fundar há 30 anos. Em carta de desligamento entregue ao diretório municipal do PT no Rio publicada ontem em seu site, Vladimir, figura histórica da esquerda e lembrado como líder da Passeata dos Cem Mil no regime militar, diz que a razão para sua saída é a volta ao partido de Delúbio Soares, que era tesoureiro do PT no mensalão.

Ao GLOBO, Vladimir afirmou que o retorno de Delúbio mostra que sua expulsão foi "só um remendo", e que o PT tem atualmente "problemas éticos e orgânicos".

— Um partido não pode funcionar se as pessoas que estão nele podem fazer o que querem — disse, destacando que a volta de Delúbio afeta a credibilidade de quem defendeu o PT.

— Fui um dos que mais se expuseram defendendo o partido, pois isso afeta sua credibilidade. Se você fica dizendo uma coisa que depois não acontece... Passamos dois anos indo à TV dizer que o partido punia. Agora, é quase como dizer que não deveríamos tê-lo expulsado. O que houve então foi suspensão, não expulsão; venderam um peixe à opinião pública que não era verdadeiro. Dá a entender que a expulsão foi só um remendo e reflete problemas não só éticos, mas orgânicos do partido.

Na carta de desligamento, Vladimir diz que não está saindo por "divergências políticas fundamentais", mas porque "a volta ao partido de Delúbio Soares, justamente expulso no ano de 2005, me impede de continuar nele. Pela questão moral, pela questão política, pela questão orgânica".

Na carta, destaca: "é evidente que houve corrupção. Não se pode acreditar que um empresário qualquer começasse a distribuir dinheiro grátis para o partido. Exigiria retribuição, em que esfera fosse. O procurador federal alega que são recursos oriundos de empresas públicas, sendo matéria agora do STF. Mas alguma retribuição seria, ou a ordem do sistema capitalista estaria virada pelo avesso".

Ainda na carta, o ex-deputado federal — que diz ter preferido esperar a crise com o ex-ministro Antonio Palocci passar para comunicar a saída — afirma que "o ex-tesoureiro não só agiu ilegalmente com relação à sociedade, mas violou todas as normas de convivência partidária, ao agir à revelia da Executiva Nacional e do Diretório Nacional. A volta de Delúbio faz com que todos se pareçam iguais e que, absolvendo-o, o DN esteja, de fato, se absolvendo. Ou, mais propriamente, se condenando".

Afirmando que não há chance de voltar ao PT, Vladimir — que antes de comunicar a saída conversou com petistas, mas preferiu não revelar com quem — diz que não pensa em ir para outra sigla, "só em dar aula e escrever na internet":

— Sempre fui um ser partidário. Agora não penso em nada. Uma vez na vida não faz mal.

Leia mais em O Globo



Siga o Blog do Noblat no twitter

Ouça a Estação Jazz e Tal, a rádio do blog

Visite a página de vídeos políticos do Blog do Noblat
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/06/29/seis-anos-apos-mensalao-vladimir-deixa-pt-388874.asp

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Salvador Pela Paz receberá visita do correspondente do The New York Times



O correspondente do New York Times, Alexei Barrionuevo, desembarcará em Salvador no dia 28 de junho (terça-feira). O objetivo principal da visita é fazer uma matéria sobre os conflitos urbanos e a recente escalada de violência no Estado.

Por intermédio da Sra. Myrna Domit,que já participou da Força de Paz da ONU como assessora de imprensa da missão das Nações Unidas no Haiti, o Alexei Borrionuevo já está com visita agendada e entrevista marcada com Jupiraci Borges, coordenador Movimento Salvador pela Paz, para conhecer a ONG e os núcleos onde atua e saber como a ONG está lidando com o auto índice de violência em Salvador e na Bahia.

O Movimento Salvador pela Paz é uma ONG sem fins lucrativos e que vem trabalhando nas comunidades carentes de Salvador e região metropolitana. Formado por gente comum – estudantes da rede pública e privada, lideranças comunitárias, jovens, sindicalistas, adultos e idosos. Gente simples que não fazem reflexões acadêmicas sobre a segurança e violência urbana, mas que vivem e sentem que têm que se organizar, mobilizar, falar, pensar ações coletivamente, pois disso depende suas vidas.

O Movimento Salvador pela Paz mantém núcleos comunitários na periferia de Salvador tendo como meta a diminuição e erradicação da desigualdade social e da violência, que ceifa a vida de centenas de jovens baianos. A ONG participa de várias ações de cunho social, pró-cidadania e respeito aos direitos humanos, bem como, caminhadas, seminários por Uma Cultura de Paz . Promove cursos, palestras e seminários para conscientizar e capacitar jovens, mulheres e idosos. Participou recentemente dos debates de instalação da UPP Baiana (Base Comunitaria de Segurança) no Calabar. Esteve recentemente no Rio de Janeiro, conhecendo a experiência exitosa do GCAR – Grupo Cultural AfroReggae, que atua no combate às desiguladades sociais e na recuperação de jovens de comunidades carentes atraves da arte e cultura.

O correspondente do New York Times vem conhecer e testemunhar, Ação cidadã do Movimento Salvador pela Paz e a Cultura da Paz em nosso Estado e em nossa cidade.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Prefeito do PT e outros 36 acusados de corrupção fogem em ônibus no Ceará

Fortaleza - O prefeito de Senador Pompeu (CE), Antônio Teixeira de Oliveira (PT), deixou a cidade no domingo, em um ônibus alugado levando outros 36 suspeitos de corrupção, todos considerados foragidos desde quarta-feira, quando deveriam ter se apresentado à Justiça. Eles tiveram prisão preventiva decretada por desvios de dinheiro público, envolvimento em crimes de lavagem ou ocultação de bens, falsidade ideológica, peculato e formação de quadrilha, mas apenas um funcionário da prefeitura havia sido preso até a quarta-feira. O advogado que defende o prefeito, garantindo a inocência do cliente, informou que ele só vai se entregar à Justiça depois do feriado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito, vice-prefeito, secretários e assessores estão entre os acusados pelo desembargador Darival Bezerra. Foi determinado o afastamento do prefeito, de seu vice, Luís Flávio Mendes de Carvalho, e do vice-presidente da Câmara Municipal, Tárcido Francisco de Lima Baia. De acordo com representação criminal de 2008 do Ministério Público, eles desviaram recursos públicos fazendo pagamentos indevidos, com emissão de cheques em favor de empresas inidôneas mediante emissão de notas fiscais frias, além de se envolverem em outras "condutas criminosas", causando "dano de grande monta ao erário".

Os moradores de Senador Pompeu, a 275 km de Fortaleza, faziam vigília diante do Paço Municipal, que permaneceu fechado ao longo da semana. O petista foi reeleito em 2008 com a promessa de construir um novo mercado público e um calçadão próximo à linha férrea. As obras estão paradas. Teixeira sofre ameaça de expulsão do PT. A prefeita de Fortaleza e presidente estadual do partido, Luizianne Lins, já foi informada do pedido, que foi encaminhado à comissão de ética.

Fonte: Terra
http://odia.terra.com.br/portal/brasil/html/2011/6/prefeito_e_outros_36_acusados_de_corrupcao_fogem_em_onibus_no_ceara_173197.html

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Escolinha do “Barulho”

sábado, 4 de junho de 2011

Brasília sedia evento contra lei anti-homofobia

O senador Magno Malta (PR-ES) disse nesta quarta-feira (1), durante manifestação em frente ao Congresso Nacional contra a aprovação do projeto de Lei da Câmara (PLC) 122, que criminaliza a homofobia, que o Senado não tem poder para criar “um terceiro sexo” por meio de legislação.

"Se Deus criou macho e fêmea, não vai ser o Senado que vai criar um terceiro sexo com uma lei" disse. "É preciso que eles [homossexuais] entendam que o anseio grotesco de uma minoria não vai se fazer engolir", afirmou.

O evento, batizado de Marcha pela Família, foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e reuniu diversos parlamentares contrários ao projeto de lei em cima de carros de som – entre eles os deputados federais João Campos (PSDB-GO), Ronaldo Fonseca (PR-DF), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Anthony Garotinho (PR-RJ), e os senadores Marcelo Crivella (PR-RJ) e Walter Pinheiro (PT-BA). A PM estimou em até 20 mil pessoas os presentes na Marcha pela Família.

Garotinho se manifestou contra a aprovação do projeto. “Eles [os participantes da marcha] amam a todas as pessoas, só que não concordam com o pecado de algumas”, disse.

Manifestantes, liderados por grupos evangélicos, protestaram na tarde desta quarta-feira contra o Projeto de Lei 122 que criminaliza a homofobia. O projeto tramita no Senado.

O grupo se reuniu em frente ao Congresso, com faixas e cartazes, o evento foi organizada pelo pastor Silas Malafaia.

Um grupo menor se organizou a favor do projeto. Muitos vestidos de roxo, os manifestantes carregavam a bandeira do arco-íris e cartazes defendendo o homossexualismo.

Parlamentares pedem agilidade para projeto contra união homoafetiva

O coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO), deputados e senadores que compõem a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família e o pastor da Igreja de Cristo Silas Malafaia pediram à Mesa Diretora da Câmara agilidade na análise do Projeto de Decreto Legislativo 224/11, que susta a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor da união homoafetiva. As informações são da Agência Câmara.

Eles foram recebidos nesta quarta-feira pelo 2º vice-presidente da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), e também pediram a realização de uma comissão geral para discutir o ativismo judicial do STF.

A intenção do encontro, segundo João Campos, é mostrar para o Parlamento a contrariedade em relação ao texto, que pode criminalizar a atuação de líderes religiosos contrários à homossexualidade. “Nós queremos consolidar, junto à sociedade, o entendimento de que esse projeto é inconstitucional, é uma aberração que ofende princípios fundamentais da democracia, como livre expressão, inviolabilidade do pensamento e liberdade de crença”, esclareceu o deputado.

A proposta está em análise no Senado e os parlamentares discutem a possibilidade de apoiar um texto alternativo sugerido pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). “Eu ainda não li o texto do Crivella, mas pela experiência que ele tem no meio evangélico, eu penso que deve ser um bom texto e a frente deve aprová-lo”, disse o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG).

Fontes G1 & E-band

Carta aberta ao Senador Walter Pinheiro em favor do PLC 122

Exmo. Sr. Senador Walter Pinheiro

me chamo Roberto Slomka de Oliveira, sou paulistano mas moro em Salvador desde 2004, não milito no partido mas voto no PT para cargos majoritários desde 1982. Meu voto ajudou a eleger o Presidente Lula por duas vezes, o Exmo. Sr. Eduardo Suplicy por duas vezes, o Governador Jacques Wagner por duas vezes e agora Vossa Excelência, em repúdio a tudo que a bancada carlista representava nesta Casa maior do legislativo brasileiro.

Minha opção pelo PT nestes anos todos era pautada na visão de que o partido promovia a tolerância, a igualdade, lutava contra a discriminação de qualquer sorte.

Neste sentido, sinto-me indignado e - com todo respeito a sua pessoa e seu mandato - como gesto político, repudio a presença de Vsa. Exa. no ato contra o PLC 122 que criminaliza a homofobia no nosso país.

Sou casado, pai de um casal de filhos, de 7 e 10 anos. Sinceramente não gostaria que nenhum dos dois optasse pela homossexualidade, mas não posso olhar com complacência para pessoas que discriminam, ofendem e humilham outras pela simples razão de discordarem da forma como escolhem quem irão amar.

Não me sinto em vossa atitude representado de forma alguma e gostaria de externar, de forma cidadã e democrática, a minha insatisfação com sua atuação neste episódio.

Estou atento a sua atuação frente ao mandato que nós brasileiros o conferimos, e me farei presente pelos meios possíveis, para protestar - como neste caso - bem como para elogiar ou sugerir. Acredito que desta forma construimos uma democracia participativa, o que sempre foi bandeira de seu partido, ainda que hoje esta bandeira esteja um tanto quanto enfronhada.

Atenciosamente,

Roberto Slomka de Oliveira

Lnk: http://sbronka.blogspot.com/2011/06/carta-aberta-ao-senador-walter-pinheiro.html