segunda-feira, 16 de julho de 2012

O Instituto Baiano da Paz e a ONG Salvador pela Paz promovem a II Oficina de Instrumentos de Controle Social

A ONG Movimento Salvador pela Paz, fundada em 2009, é um espaço de articulação política e mobilização social, imbuída em promover fóruns e espaços de debates e troca de conhecimentos sobre as questões de interesse social e que afetam as pessoas, especialmente as que vivem em situação de risco e extrema vulnerabilidade social. Sabe-se que nas comunidades as pessoas, necessitam ser instrumentalizadas e munidas de informações sobre exercício da cidadania especialmente em saber como lidar com os seus direitos e deveres. Para tanto, o Instituto Bahiano da Paz, através do Movimento Salvador pela Paz realizará em 19 de julho de 2012, a II OFICINA de PLANEJAMENTO E INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL para comunidades assistidas pela ONG e profissionais da area, buscando alternativas para exercício plena de cidadania. Objetivando promover formação de qualidade para todos, teremos como palestrantes profissionais respeitados e com vasto curriculo na área de planejamento e controle social. Eis os palestrantes: Danielle Rebouças - Gerente Admnistrativa do CIAS/Bolsa Familia em Salvador Renildo Barbosa - Vice Presidente do Conselho Municipal da Criança e Adolescente Patrícia Andrade - Secretária Executiva do Conselho Municipal de Assistencia Social Jessica Sinai - Coordenadora do Núcleo de Organização Popular Patricio Souza - Membro do Conselho Estadual de Juventude Sydinei Argolo - Membro do Conselho Nacional de Juventude Sergio Bulcão - Membro do Conselho Nacional das Cidades Helen Esquivel - Assistente Social-Alta complexidade-População de Rua PMS DaTa: 19/07 AS 13:00 Hrs. Local: Centro Social Urbano de Castelo Branco Mais Informações através do site: www.salvadorpelapaz.org.br

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Moradores e Associações comunitárias relatam impactos de projetos corporativos no Bairro 2 de Julho

Moradores e Associações comunitárias vão relatar, em Audiência Pública, os impactos de projetos corporativos que estão vivenciando no Bairro 2 de Julho. No dia 26 de abril a Prefeitura Municipal de Salvador lançou o denominado “Projeto de Humanização do Bairro Santa Tereza”. Este fato tem suscitado profundas críticas de diversos grupos e segmentos da sociedade civil, notadamente dos moradores e usuários do Bairro 2 de Julho. De início, a poligonal do Projeto secciona 15 ha da área ocupada do Bairro 2 de Julho, indicando um conjunto de intervenções que até agora só tem fortalecido uma concepção excludente de Urbanismo corporativo empresarial. De acordo com diversos intelectuais, pesquisadores e ativistas que defendem o Direito à Cidade, a natureza desta concepção já detonou vários processos de segregação, gentrificação e expulsão de populações vulneráveis, moradora e usuária do Bairro 2 de Julho e entorno, tais como : • O fato da poligonal do Cluster Santa Tereza estabelecer uma divisão do Bairro 2 e Julho, polarizando uma concentração de recursos que induzem ao acirramento da segregação e das desigualdades espaciais e urbanas; • A ação gentrificadora pela qual teve início o projeto do Cluster Santa Tereza. 14 (quatorze) casas, situadas próximas ao Museu de Arte Sacra, da Vila pertencente à Arquidiocese de Salvador, foram vendidas, ainda que estivessem habitadas. O objetivo era a construção, nesse local, de um hotel de luxo da grife TXAI; • Tentativa de despejo pelos proprietários de imóveis ocupados por inquilinos de baixa e média rendas, para viabilizar a venda de tais imóveis para destinação de empreendimentos de luxo e de alta lucratividade. Exemplo emblemático é a ameaça de despejo sofrida pelos moradores da Vila Coração de Maria pela Irmandade São Pedro dos Clérigos. • Aprovação e licenciamento pela Prefeitura Municipal de Salvador de atividades incompatíveis com equipamentos públicos pré existentes, que oferecem serviços públicos essenciais aos moradores e usuários do Bairro 2 de Julho e outras áreas adjacentes do Centro Antigo de Salvador. Exemplo grave refere-se ao Colégio Ypiranga, de ensino fundamental, que atende as crianças de famílias pobres do 2 de Julho, Gamboa e outras localidades do entorno, e que tem suas atividades ameaçadas pelo impacto causado pela construção do empreendimento hoteleiro de luxo Clock Marina Residence, situado em lotes contíguos ao colégio. • Aumento do preço dos aluguéis pelos proprietários especuladores que desejam ampliar suas rendas imobiliárias, substituindo os atuais inquilinos, majoritariamente de média e baixa renda, por outros de segmentos de alta renda.
A Audiência Pública é promovida pela Subcomissão Especial de Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA) em conjunto com a Comissão de Reparação da Câmara Municipal e será realizada, no dia 12/07 (quinta-feira), a partir das 17h, no Centro Cultural da Câmara.