terça-feira, 31 de maio de 2011

Piada de Mal Gosto

domingo, 29 de maio de 2011

O PT esqueceu os trabalhadores

Por Mino Carta (Editor da Carta Capital)

A posição da mídia nativa em relação ao Caso Palocci intriga os meus inquietos botões. Há quem claramente pretenda criar confusão. Outros tomam o partido do chefe da Casa Civil. Deste ponto de vista a Veja chega aos píncaros: Palocci em Brasília é o paladino da razão e se puxar seus cadarços vai levitar.
Ocorre que Antonio Palocci tornou-se um caso à parte ao ocupar um cargo determinante como a chefia da Casa Civil, mas com perfil diferente daqueles que o precederam na Presidência de Lula. José Dirceu acabou pregado na cruz. Dilma foi criticada com extrema aspereza inúmeras vezes e sofreu insinuações e acusações descabidas sem conta. A bem da sacrossanta verdade factual, ainda no Ministério da Fazenda o ex-prefeito de Ribeirão Preto deu para ser apreciado pelo chamado establishment e seu instrumento, a mídia nativa.
As ações de Palocci despencaram quando surgiu em cena o caseiro Francenildo, e talvez nada disso ocorresse em outra circunstância, porque aquele entrecho era lenha no fogo da campanha feroz contra a reeleição de Lula. Sabe-se, e não faltam provas a respeito, de que uma contenda surda desenrolava-se dentro do governo entre Palocci e José Dirceu. Consta que o atual chefe da Casa Civil e Dilma não se bicavam durante o segundo mandato de Lula, o qual seria enfim patrocinador do seu retorno à ribalta.
E com poderes largos, como grande conselheiro, negociador junto à turma graúda, interlocutor privilegiado do mercado financeiro e do empresariado, a contar com a simpatia de amplos setores da mídia nativa. Um ex-trotskista virou figura querida do establishment, vale dizer com todas as letras. Ele trafega com a devida solenidade pelas páginas impressas e nos vídeos, mas é convenientemente escondido quando é preciso, como se envergasse um uniforme mimético a disfarçá-lo na selva da política.
Murmuram os botões, em tom sinistro e ao mesmo tempo conformado: pois é, a política… Está claro que se Lula volta à cena para orquestrar a defesa de Palocci com a colaboração de figuras imponentes como José Sarney, o propósito é interferir no jogo do poder ameaçado e garantir a estabilidade do governo de Dilma Rousseff, fragilizado nesta circunstância.
A explicação basta? Os botões negam. CartaCapital sempre se postou contra a busca do poder pelo poder por entender que a política também há de ser pautada pela moral e pela ética, igual a toda atividade humana. Fatti non foste a viver come bruti, disse Dante Alighieri. Traduzo livremente: vocês não foram criados para praticar, embrutecidos, a lei do mais forte. Nós de CartaCapital poderemos ser tachados de ingênuos, ou iludidos nesta nossa crença, mas a consideramos inerente à prática do jornalismo. Leia o artigo na íntegra clicando aqui.

sábado, 28 de maio de 2011

HUMMMMMMMMMMM

domingo, 22 de maio de 2011

Quem comprou Palocci?


Por Clóvis Rossi (Folha de S. Paulo)

Tratemos as coisas pelos nomes próprios: o caso Palocci é uma operação de compra e venda. Ponto. O próprio ministro confessa o lado “venda”, ao dizer na nota divulgada por sua assessoria que a experiência (“única”) no Ministério da Fazenda lhe acrescentara “valor de mercado”.

São mais que justas e necessárias as cobranças para que preste os esclarecimentos devidos. Mais justa – e mais importante – foi a cobrança de Fernando Rodrigues de que a presidente Dilma Rousseff apresente projeto para eliminar o que Fernando chama elegantemente de “vácuo institucional”, mas que é esculhambação pura e simples.

Refere-se ao duplo emprego de parlamentares, em especial dos que se dedicam ao negócio de compra e venda (consultorias). Resta apenas apontar o dedo para quem “comprou” Palocci, o que a leitora Cléa M. Corrêa fez à perfeição no “Painel do Leitor” de ontem: “O importante não é saber quanto Palocci enriqueceu com sua empresa de consultoria, mas saber quanto as empresas, seus clientes, enriqueceram com negócios ligados ao governo”.

Bingo. Repito o que escrevi quinta-feira: trata-se evidentemente de um caso clássico de tráfico de influência. Palocci pode até não tê-lo praticado, mas que as empresas queriam usar os contatos dele no governo para obter facilidades e/ou negócios, só o mais tolo dos tolos pode duvidar.

Então, se é justo cobrar de Palocci que explique a quem se vendeu (ou vendeu seus serviços), é igualmente justo cobrar dos compradores que venham a público dizer a razão pela qual o compraram.

Seria um exercício prático de “responsabilidade social”, expressão que enche páginas e páginas de relatórios anuais em papel finíssimo. Ou os compradores da consultoria nem fingem ter “responsabilidade social”?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sobre porcos, homens e a universidade pública na Bahia

Era uma vez uma fazenda em que os animais eram submetidos a um patrão egoísta e brutal. Após um levante, estes animais expulsaram o dono do lugar e instituíram, sob o comando dos porcos Napoleão e Bola de Neve, um regime que se pretendia solidário e igualitário. Com o passar dos anos, Napoleão trama um golpe contra Bola de Neve, expulsa-o da fazenda e instaura uma ditadura tão malévola, corrupta e bestial que alguns animais anelavam pelo tempo em que a Granja Solar era tocada pelo cruel Sr. Jones.

De fato, na obra “A Revolução dos Bichos” (Animal Farm), de George Orwell, não tardou mais do que seis anos para que o porco Napoleão, que já ocupava a casa do Sr. Jones, passasse a beber álcool, deturpar e violar sistematicamente os sete mandamentos do “animalismo”, ocupar a cama e vestir as roupas do seu ex-dono, andar sobre duas patas e, explorando à total exaustão os demais animais, negociar a produção da fazenda com os humanos em benefício próprio.

A tinta de Orwell versa sobre a Revolução Bolchevique de 1917 e sua degeneração na ditadura de Stálin. É uma fábula que, para além de retratar de forma alegórica uma circunstância histórica específica, trata mais abstratamente dos processos de dominação que advêm do poder formal, independentemente da coloração ideológica que o emoldura.

Nesse sentido, a metáfora orwelliana poderia ser transposta e inspirar o entendimento de contextos outros, em tempos e espaços diversos daqueles em que fora originalmente concebida. Um desses cenários, em particular, apresenta similitudes espantosas. Falo do Estado da Bahia, no ano de 2011.

A Bahia, como se sabe, foi governada por quase 30 anos por um grupo político que comandava orgânica e hegemonicamente praticamente todas as instâncias formais da vida civil, servindo-se das mesmas táticas de propaganda, censura, perseguição, privilégios e controle social modeladas no fascismo italiano, e cujo artífice, mentor e chefe supremo foi o temido prefeito biônico, governador e senador Antônio Carlos Magalhães – ou Toninho Malvadeza para os movimentos sociais, sindicatos, jornalistas, políticos de esquerda e toda a ampla gama de gente que padeceu sob os cassetetes dos seus comandados.

ACM viveu ainda para, estupefato, amargar uma derrota acachapante nas urnas, em 2006, com a eleição de Jaques Wagner (PT) para o governo do Estado, sindicalista ligado à indústria petroquímica. A vitória de Wagner deu-se, portanto, pela irrevogável vontade popular de dar cabo ao império carlista e à ingerência dos seus caprichos sobre a coisa pública. E então fez-se a luz, a grande surpresa das eleições gerais de 2006 no Brasil: o novo, o fim de uma era obscura e autoritária: emerge o “governo de todos nós”.

Mas não tardou, para desapontamento dos trabalhadores baianos, que o “governo de todos nós” logo se transformasse no “governo de todos os nós”: o nó da segurança pública, o nó da saúde, o nó da educação… Triste Bahia.

Pobre educação baiana. Neste exato momento todas as quatro universidades estaduais se encontram em greve por tempo indeterminado, num movimento unificado cujos pleitos, comum a todas, são velhos conhecidos de cada um dos governadores que passaram pelo Palácio de Ondina: melhoria das condições trabalho, mais recursos para a educação, respeito aos servidores.

Concretamente, o governo Wagner, a partir de um decreto (12.583) e uma portaria, re-emitidos em fevereiro, de um só tacão promove a inanição financeira das instituições, com o estrangulamento das suas atividades fins, e solapa a autonomia universitária ao transferir para a tecnocracia do estado uma miríade de resoluções ordinárias que desde sempre coube às universidades fazê-lo, em função de suas próprias dinâmicas, tornando as ações de progressão laboral, concurso público, alocação de recursos para atividades extensionstas e de pesquisa, ou mesmo a compra de pipetas, luvas e sabão um verdadeiro pesadelo kafkiano.

No campo da negociação salarial, os acordos que vinham sendo pacientemente engendrados há mais de um ano foram suspensos unilateralmente com a chamada “cláusula da mordaça”, que textualmente vincula a incorporação de direitos trabalhistas ao impedimento dos docentes de pleitear qualquer demanda salarial até 2015.

Sobretudo, as normativas do governo Wagner representam uma excrescência legal, e no limite a própria suspensão do Estado de Direito: o dito decreto e seus apêndices violam frontal e acintosamente a Constituição do Estado da Bahia, especificamente no seu capítulo XIII, artigo 262, que rege sobre a autonomia didático-científica, administrativa, de gestão financeira e patrimonial das suas universidades estaduais.

É notável que o contingenciamento de recursos para a educação superior se dê num contexto de bonança da economia baiana, com um aumento de PIB na monta de 7,5% em 2010. Portanto, injustificável sob o ponto de vista econômico. E mais ainda sob o ponto de vista político e jurídico, posto que a intervenção do Estado nas universidades, a subtração evidente da sua autonomia, é um assalto à legalidade e um retrocesso que é a concretização extemporânea de um velho sonho carlista: uma Bahia de joelhos, acéfala, obediente às volições imperiais do seu déspota, esclarecido ou não.

Do Palácio de Ondina à Granja Solar. Desde a primeira eleição de Jaques Wagner ao presente se tem, curiosamente, o mesmo lapso de tempo em que se deu, na fábula Orwell, a transformação do militante Napoleão num tirano incontrolável. Pois que, gradualmente, os mesmos instrumentos de dominação da repulsiva era ACM são reabilitados aqui e ali pelos “companheiros de luta” ora ocupantes do Palácio de Ondina: o contingenciamento de recursos, a propaganda, os privilégios, a recusa da negociação, o corte de salários, as ameaças, o terror. A peça final dessa transformação grotesca se deu com o corte de salários dos professores e a troca da negociação pela propaganda. De fato, o PT da Bahia tem demonstrado ser um aluno exemplar e vem aplicando sistematicamente os ensinamentos da escola de terror da era ACM:

http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/0000/00/00/92762,governo-da-bahia-faz-mais-pelo-ensino-superior.html#

Pois agora se sabe que o novo já nasceu velho e não se sabe mais qual diferença há entre ACM e Jaques Wagner. Ambos se igualam no tratamento dispensado aos amigos, à publicidade e aos trabalhadores do Estado da Bahia. Triste Bahia. Donde cabem à perfeição as palavras finais da obra de George Orwell: “mas já se tornara impossível distinguir quem era homem quem era porco.”

-Estamos há quase dois meses sem salario. Sendo que até os dias trabalhado foram confiscado pelo Estado da Bahia.

Por Prof. Roque Pinto - Universidade Estadual de Santa Cruz-BA

O original encontra-se no endereço eletrônico http://www.sbf1.sbfisica.org.br/boletim1/msg233.htm

sábado, 14 de maio de 2011

Padres gays, orgias e filhos clandestinos são parte da rotina do Vaticano, descreve jornalista italiano em livro


Thiago Chaves-Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo

"Os dois acompanhantes lhe homenageiam, espremendo-o no meio, em um sanduíche. Envolvem-no em uma dança muito sensual. Esfregam-se, rodeiam, esmagam-se, abrem a sua camisa, o acariciam, tocam nele. Dirty dancing a três em uma variação homossexual. O grupo olha para eles de cima a baixo. Apreciam. Aplaudem. Incitam. Assobiam. Cutucam. O francês [no meio dos acompanhantes] é um padre. Poucos dias antes havia celebrado a missa da manhã na basílica de São Pedro. No Vaticano."

A cena é de uma festa em Roma, uma entre as muitas nas qual padres, bispos e cardeais exercem a sexualidade que as regras da sua própria Igreja Católica restringem e condenam, de acordo com a descrição feita pelo jornalista italiano Carmelo Abbate em seu novo livro, "Sex and the Vatican - viaggio segreto nel regno dei casti" (em tradução livre, "Sexo e o Vaticano - viagem secreta no reino dos castos").

O fenômeno da sexualidade na Igreja Católica, segundo o autor, é gigantesco e complexo. Fazem parte deste mundo os padres gays que optam por uma vida dupla; os sacerdotes que se relacionam com mulheres clandestinamente; e mesmo os filhos desses relacionamentos, que são abortados, escondidos ou privados de um pai pela vida inteira, para que se evite escândalos.

“Entre os sacerdotes que não respeitam a castidade, há muitos que têm uma verdadeira vida paralela, uma companhia fixa com a qual não apenas fazem sexo, mas com quem vivem uma vida escondida, como marido e mulher", afirmou Abbate, em uma entrevista exclusiva ao UOL Notícias.

O jornalista conta que a investigação, nascida de uma reportagem publicada na revista italiana "Panorama", terminou como um extenso mergulho nesse mundo, munido de uma câmera escondida para garantir "provas sobre aquilo que iria contar".

E apesar de ter seu foco em Roma, Abbate garante que o cenário que ele descreve não está restrito ao núcleo do Vaticano. "Da Alemanha à França, da Espanha à Irlanda, da Suíça à Áustria, da Polônia à África, da América Latina aos Estados Unidos e ao Canadá. Acontece a mesma coisa em toda parte do mundo", afirma.

Procurada pela reportagem, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que não tinha conhecimento do livro e por isso não poderia comentar os temas citados.

Acompanhe abaixo os principais trechos da entrevista.


UOL Notícias: Em seu livro, o senhor denuncia vários casos de padres que têm uma vida religiosa tradicional ao mesmo tempo em que também exercem sua sexualidade. Como o senhor fez a investigação para chegar a essas histórias? Qual era o seu objetivo em publicar o livro?

Carmelo Abbate: Realizei a reportagem com uma câmera escondida, isso com o objetivo de ter provas sobre aquilo que iria contar. O objetivo do meu trabalho é trazer à tona a vida escondida de grande parte do clero católico, como padres que têm uma vida sexual secreta, tanto homossexuais quanto heterossexuais. Há padres que têm uma companhia fixa e até mesmo filhos.

E me choca especialmente a atitude da alta hierarquia eclesiástica, o comportamento dos bispos, quando tomam conhecimento das relações secretas dos religiosos, as tentativas de convencer as mulheres a abortarem, dar o filho para adoção, os contratos que garantem o sustento e compram o silêncio das mães com relação à identidade dos pais destas crianças.

UOL Notícias: O senhor diz que o Vaticano conhece a questão dos padres gays e mesmo dos abortos. Quais são as verdadeiras dimensões do fenômeno?

Abbate: Coletar dados para dimensionar o fenômeno é uma tarefa difícil. Difícil porque, como é óbvio, não há estudos e tabelas oficiais, é preciso se contentar com estimativas parciais, que não têm a pretensão de trazer a verdade científica, mas que podem ajudar a entender quão grande é o terreno sobre o qual caminhamos.

As tentativas mais articuladas vêm dos Estados Unidos. Segundo vários estudos do psiquiatra Richard Sipe, ex-monge beneditino e ex-sacerdote, 25% dos padres americanos tiveram relações com mulheres depois da ordenação. Outros 20% estiveram envolvidos em relações homossexuais ou se identificam como homossexuais ou se sentiram em conflito com essa questão.

No Brasil, o Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris) realizou uma pesquisa anônima com 758 padres católicos: 41% admitiram ter tido relações sexuais. Metade se diz contrária ao celibato.

Vamos à Europa. Eugene Drewermann, escritor, crítico, teólogo e ex-padre, afirma que na Alemanha, em um total de 18 mil sacerdotes, pelo menos seis mil vivem com uma mulher.

O jornal “The Guardian” fala de milhares de casos de filhos de padres católicos no Reino Unido. Segundo Pat Buckley, bispo irlandês que fundou um grupo de apoio para amantes de padres, pelo menos 500 mulheres na Irlanda têm uma relação com um padre católico.

E na Itália? Nada de nada. Ninguém nunca tentou esboçar qualquer levantamento. E tente entrar em contato com os psiquiatras que acompanham os casos mais difíceis de padres envolvidos em affaires sexuais. Evitam você como se fosse a peste.

UOL Notícias: Então seria possível afirmar que este é um fenômeno presente no mundo inteiro?

Abbate: Da Alemanha à França, da Espanha à Irlanda, da Suíça à Áustria, da Polônia à África, da América Latina aos Estados Unidos e ao Canadá. Acontece a mesma coisa em toda parte do mundo, não só em Roma e nas vizinhanças do Vaticano.

UOL Notícias: O seu livro conta de padres que procuram espaços para expressar a sexualidade, seja em bares, seja na internet, com perfis secretos no Facebook nos quais assumem a homossexualidade, mas que ao mesmo tempo não desejam abandonar a vida religiosa. Depois de tudo que o senhor conheceu, como vê exigência do celibato?

Abbate: O celibato não funciona, é óbvio. Nunca funcionou. O sexo é onipresente. Estão envolvidos nesses casos não só padres, mas bispos e cardeais. A cultura do sigilo que permeia a Igreja existe há milênios, ditada pelos eclesiásticos. Os eclesiásticos são um círculo restrito que controla toda a igreja e detém todo o poder, e o poder exige um nível de sigilo. O resto do mundo que fique na ignorância.

UOL Notícias: O Vaticano nega os casos? Como reage a Igreja?

Abbate: Para o Vaticano, o centro do problema é o escândalo, não o pecado individual. Porque o escândalo vai além da questão individual e alcança a instituição, alimenta uma série de dúvidas fortes sobre quem é envolvido. O escândalo coloca o problema de uma Igreja que mantém a seu serviço aqueles que não cumprem com sua missão universal, aqueles que traem essa missão. Em resumo, o escândalo afugenta os fiéis da Igreja.

Durante o tempo em que estive envolvido com essa questão, entendi uma coisa: a Igreja não quer problemas. O respeito aos pobres fiéis ingênuos, salvo raríssimas exceções, é fator secundário. Muito diligente nas declarações de princípio, muito hipócrita nas questões práticas: esta é hierarquia vaticana. Esta é a Igreja de Roma. Seu primeiro mandamento é salvaguardar sua espécie, uma espécie a caminho da extinção.

Falta de educação transforma Salvador num chiqueiro

Publicada no Tribuna da Bahia em 14/05/2011

Por Cristiane Felix

A placa instalada pelo município indica, em letras garrafais, que ali é proibido o descarte de lixo, mas o volume de dejetos acumulados revela que essa determinação não chega nem perto de ser respeitada. No final da manhã de ontem, a Tribuna flagrou uma grande quantidade de lixo acumulado bem ao lado da Estação Ferroviária da Calçada.

Fora de sacos e espalhados pelo passeio, que deveria servir como acesso dos pedestres às proximidades do terminal ferroviário, os dejetos sólidos e a poça de chorume revelavam que a área não passa por uma limpeza mais cuidadosa há algum tempo.

O mau cheiro intermitente e a quantidade de moscas fazem com que as pessoas que precisam passar pelo local em direção à estação ferroviária tenham, necessariamente, que desviar pela avenida, que tem fluxo intenso de carros e ônibus. Mesmo a ameaça de ‘sujeito a multa’, presente nos dizeres da placa, parece não inibir aqueles que descumprem a determinação, acumulando lixo em local inapropriado.

De acordo com comerciantes do local, o lixo é jogado ao longo do dia pelos feirantes que montam as barracas logo cedo em frente à Estação e descartam ali todo tipo de material. Além de plástico, papel, latas e garrafas pet, a maior parte do lixo é formada por restos de alimento, que, ao entrarem em contato com chuva e sol, iniciam processo de decomposição e exalam um odor fétido.

A isto soma-se ainda o chorume, líquido de cor escura e cheiro nauseante presente no local que pode ser sentido a metros de distância.

“Esse lixo aí é todo dia. Se vocês voltarem às 18h então, isso já vai ter virado uma montanha. O cheiro é insuportável e o lixo faz com que a nossa loja fique cheia de moscas o dia todo, e para nós, que trabalhamos vendendo carne, é uma vergonha e afasta os clientes”, reclamou um funcionário do açougue que fica do lado oposto do local onde o lixo estava acumulado. “Isso sem contar que os catadores abrem os sacos e espalham o lixo pelo resto do passeio e pela rua, fazendo uma bagunça”, completou.

Ao encontrar em contato com a Limpurb, a reportagem foi informada que a coleta é realizada na região diariamente das 7h às 8h, mas que, ainda assim, alguns cidadãos não respeitam a determinação de não jogar lixo e acabam acumulando ali os dejetos que produzem ao longo de todo o dia.
Hora da coleta desrespeitada

Após receber a informação sobre o acúmulo na tarde de ontem, o órgão enviou uma equipe que, por volta das 16h30, recolheu o lixo e varreu o local. Além da Calçada, a reportagem identificou lixo acumulado também em pontos dos bairros da Liberdade e Sete Portas, também em locais que possuem feiras nas suas proximidades.

No caso da Liberdade, o lixo que também estava depositado no passeio estava em sacos plásticos e também em grande quantidade, no entanto, fora do horário apropriado para a coleta.

Através de sua assessoria de comunicação, a Limpurb informou ainda que nos bairros da região a coleta acontece em dois horários, uma parte pela manhã e outra à noite, e que um estudo está sendo realizado para que a coleta seja unificada e realizada, em sua totalidade, nas primeiras horas da manhã, o que deve ser definido a partir da próxima segunda-feira.

CAMPANHA – O órgão revelou ainda que parte da população de Salvador, a exemplo de moradores e comerciantes da Barra, vinha alegando que não tinha conhecimento do horário da coleta e, por isso, vinha depositando lixo nas vias fora do horário apropriado.

Para evitar o problema, a Limpurb começa também, na próxima semana, uma campanha de conscientização junto à população, com o objetivo de tornar conhecido o horário de realização das coletas e mais adequado o processo de descarte dos resíduos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Alcindo não acredita que partidos governistas "tenham coragem" de desafiar o PT em 2012


O vereador Alcindo da Anunciação, líder do bloco independente e único representante do PSL na Câmara, avaliou a possibilidade de articulação entre seu partido e o PRB (ambos integram a base do governo na Assembleia Legislativa) para composição com o oposicionista PR, liderado na Bahia pelo ex-senador César Borges, com vistas às eleições municipais de 2012. Reportagem publicada hoje pela Tribuna da Bahia revela que representantes dos três partidos se reuniram ontem e devem se encontrar novamente para tratar do assunto. Alcindo acredita que a articulação é estratégia "para quem quer aparecer”.

“Estamos vivendo um momento de muita articulação e muita coisa midiática, é um momento que muita gente quer aparecer. Tudo isso é uma maneira de valorização dos partidos para fazerem uma verdadeira composição futura. Sinceramente, não vejo essa movimentação com solidez. Damasceno (deputado estadual Deraldo Damasceno) é um nome forte. Teve realmente uma votação muito boa na eleição do ano passado...”, avaliou Alcindo da Anunciação em conversa com o Política Hoje.

O vereador, conhecido por seu comportamento “rebelde” (não segue a orientação do PSL na Câmara, a de apoiar o governo), dispara contra o PSL e os demais partidos governistas que estão anunciando candidatura própria para suceder o prefeito João Henrique (PP) no ano que vem e afirma que não acredita nas promessas. “PSL e PRB são governo. Aí eu pergunto: eles vão aguentar o chamamento de Wagner em 2012? Ele (o governador) já disse que o candidato dele é Pellegrino (deputado federal Nelson Pellegrino). O PT entende que agora é a vez dele de assumir a Prefeitura”, pontuou o vereador independente.

Alcindo disparou ainda contra a articulação do PCdoB, um dos principais aliados do governo em nível nacional e estadual, que vem se articulando no sentido de ter candidato próprio ao Palácio Thomé de Souza no ano que vem. “A mesma coisa é o PCdoB. Quem acredita que o PCdoB vai lançar candidato próprio? Se eles romperem com o PT, é capaz de eles não conseguirem nem formar chapa para eleger vereador no ano que vem”, fulminou Alcindo.


Fonte: Politica Hoje

Conselho de Juventude da Bahia promove encontro de Conselhos e Gestores de Políticas Públicas




Cerca de 100 municípios baianos terão representantes no II Encontro Baiano de Conselhos e Gestores de Políticas Públicas de Juventude, que acontece em Salvador, na quarta e quinta-feira (04 e 05/05), no Espaço Dom Bosco, do Colégio Salesiano (Av. Santo Antônio de Pádua, n. 1, São Marcos – Paralela – Salvador/BA). O evento é realizado pelo Conselho Estadual de Juventude (CEJUVE), em parceria com a Coordenação Estadual de Juventude da Secretaria de Relações Institucionais (SERIN).

O Encontro propõe uma discussão sobre o papel e a atuação dos/as gestores/as e conselhos de juventude, dificuldades e possíveis respostas aos desafios enfrentados. A ideia é que o Encontro também sirva como um ponto de partida para a construção das etapas municipais e territoriais, que antecederão as 2ª Conferências Estadual e Nacional a serem realizadas ainda este ano.


Participam do momento a Secretária Severine Macedo, da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), e a vice-presidente do Conselho Nacional de Juventude e secretária adjunta da SNJ, Ângela Guimarães. Na ocasião também serão lançadas Revistas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia que traz dados sobre questões contemporâneas da juventude baiana e especificamente sobre a questão do trabalho para os jovens baianos.

Juventude e Trabalho – Mais do que um espaço de troca de experiências entre os gestores e conselheiros municipais de juventude do Estado, o Encontro também será palco da divulgação de um importante relatório sobre a situação do trabalho decente para juventude na Bahia.

O relatório trimestral do Observatório do Trabalho, da Agenda Bahia de Trabalho Decente, será lançado pelo Secretário Nilton Vasconcelos, da Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esportes da Bahia, além de representantes da Organização Internacional do Trabalho, da Superintendência de Educação profissional da Secretaria de Educação da Bahia (Suprof) e do Fórum Baiano de Aprendizagem Profissional (Fobap).

SERVIÇO

O quê? II Encontro Baiano de Conselhos e Gestores de Políticas Públicas de Juventude

Quando? 04 e 05 de maio de 2011

Onde? Espaço Dom Bosco, localizado na Avenida Paralela

PROGRAMAÇÃO:

04/05 (quarta-feira)

8h - Credenciamento dos/as participantes

9h - Mesa de Abertura

10h30 - Mesa temática 1 - A Política Nacional e a Política Estadual de Juventude

14h - Momento Diálogos (Debate em subgrupos para troca de experiências a partir de questões orientadoras.)

15h45 - Apresentação do resultado dos grupos

18h - Lançamento das Revistas da SEI


05/05 (quinta-feira)

8h30 - Lançamento do relatório trimestral do Observatório do Trabalho

13h30 - Mesa temática 2 – Conselhos de Juventude no Brasil e na Bahia

16h45 - Mesa temática 3 - Conferência Nacional e Estadual de Juventude

18h30 - Encerramento


FONTES DE INFORMAÇÃO:

- Conselho Estadual de Juventude (CEJUVE) -cejuve.juventude@serin.ba.gov.br

Contato: Juremar Oliveira - Presidente do Conselho e representante da SETRE Bahia – (71 3115-9572 / 3115-3389 / 8766-9264 71 / 9197-0973)

Contato: Rebeca Ribas - vice-presidente do conselho estadual de juventude e representante do Instituto Aliança (71 9187-0654 /3115-9574)

Contato: Vladimir Costa – Secretário Executivo e representante da Serin (71 8782 4733)

- Pastoral da Juventude

Contato: Felipe Freitas - Representante da Pastoral da Juventude no CEJUVE –(75 8811-7861)

- Cipó Comunicação Interativa

Contato: Nilton Lopes - representante no Cejuve – (71 8144 4513)

- Conselho Nacional de Juventude (Conjuve)

Contato: Káthia Dudyk – Coordenadora da Comissão de Articulação e Diálogo – (11 8585 6507)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pacto Pela Paz



Adeus às Armas

O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) entrou em vigor em 2003 para regulamentar o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e munição no Brasil. Com o Estatuto, o país passou a ter critérios mais rigorosas de controle dos usos das armas: registro é o primeiro passo para ter uma arma em casa ou portá-la na rua e o certificado de registro é o documento que atesta que a arma é de origem legal e permite a posse da arma. Assim, o cidadão pode mantê-la em casa ou no local de trabalho, desde que seja o responsável legal pelo estabelecimento.

Porém, a sociedade muda e as leis devem acompanhar as mudanças. Hora de rever o Estatuto do Desarmamento. Hora de DESARMAR.Consideramos impresscindivel desarmar o povo brasileiro. É urgente um novo plebiscito. Uma campanha pelo voto plebiscitário — ou referendo. So há duas alternativas ao eleitor, SIM A VIDA E NÃO AS ARMAS. Fácil, objetivo e direto.

Em 2005, o povo brasileiro foi consultado por referendo sobre a manutenção ou proibição da venda de armas de fogo no país. O resultado foi surpreendente e frustrante já que as pesquisas de opinião davam ampla vitória à proibição da venda de armas e munição. Claro que devemos considerar o papel da mídia (TV e rádio) e o lobby armamentista que emplacou uma campanha bombardeando e atemorizando a população, usando argumentos de que o desarmamento favoreceria bandidos, que continuariam armados e perigosos. Defendiam uma falsa solução: armar a sociedade.

Majoritariamente os brasileiros decidiram pela manutenção da venda de armas de fogo, isto é, 64% dos brasileiros consultados votaram pelo comércio de armas de fogo e apenas 36% votaram contra a venda de armas de fogo. Inconscientemente selavam um pacto com a violência. O medo venceu o desejo de paz. As pessoas votaram a favor das armas e buscaram, cada vez mais, adquirir posse de arma. O resultado do referendo Não permitiu a proibição, o que seria um avanço, um passo importante para a solidificação da Cultura da Paz e da Não Violência em todo Brasil.Lamentavelmente, venceu o argumento de que arma é proteção.

Foi necessário, além do cootidiano violento das cidades brasileiras, acontecer, uma barbaridade, um ato bizarro, que chamou a atenção da imprensa do mundo e fez a presidente chorar em solidariedade as familias das crianças assassinadas,foi preciso acontecer uma tragédia, sem nenhum fundo musical ou razão aparente para que o Brasil e seus governantes, acordassem do ”berço explendido” do “pacífico” e voltasse a discutir o desarmamento.

Precisamos de soluções para a entrada de armamentos ilegais na fronteira, desvio de armas apreendidas nas polícias e comércio ilegal. Só assim, impediremos crimes como o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio. Um crime injustificável realizado com a posse de duas armas e muita munição.

Dos 13 países com mais violência armada, e sem conflito bélico, 12 se encontram nas Américas,vale ressaltar que à América Latina tem apenas 13% da população mundial, mas responde por 42% dos homicídios por arma de fogo.

O Povo brasileiro tem que conhecer a gravidade da violência que assola o país. Deve saber que a média de mortos por armas de fogo no Brasil é de 34,3 mil por ano. Isso dá 94 vítimas de balas por dia - ou 4 por hora, 1 a cada quinze minutos. Ou seja, a cada dia que passa, acontecem,no Brasil, oito massacres iguais aos de Realengo - e isso ninguém noticia. É uma guerra civil. Essas mortes, rigorosamente iguais na causa (disparos de arma de fogo), se diferenciam das de Realengo apenas no fato de que acontecem isoladas, uma a cada quinze minutos,Ou seja, os oito "Realengos" diários registrados no país inteiro só não ganham manchetes porque são mortes pulverizadas, ao contrário daquele que entrou para o noticiário mundial.

Salvador lidera o ranking de mortes por arma de fogo no país, segundo estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que contabilizou quantos homicídios nas capitais são cometidos com armas de fogo.

A capital baiana teve 93.6% dos homicídios praticados com arma de fogo e aparece à frente de Vitória, onde o índice é 91,7% e Maceió, com índice de 88,9%.

Por estado, a Bahia aparece em segundo lugar, com índice de 81,3% dos homicídios causados por arma de fogo. Na frente aparece Alagoas, com 83,3% dos assassinatos registrados tendo sido praticados com armas de fogo.

É urgente acabar com as cenas recorrentes de violência nas famílias, entre amigos, casais. Acabar com as mortes provocadas por armas de fogo por motivos banais: pais contra seus filhos, filhos contra pais, namorados ou maridos contra suas esposas, amigos contra amigos. É preciso parar !!! Parar com os assassinatos em mesas de bar, no trânsito,no futebol, que acontecem todos os dias em nosso país.

Todas as armas que forem encontradas devem ser destruídas. Precisamos desarmar e impedir o acesso da população à elas. Devemos ampliar a discussão para encontrar meios eficazes de controlar o fluxo de armas no Brasil. Precisamos de soluções para a entrada de armamentos ilegais na fronteira, desvio de armas apreendidas nas polícias e comércio ilegal.

O analista criminal Guaracy Mingardi, após o episodio de Realengo disse: “sem arma, as pessoas ficam menos valentes. E a ausência delas evita a ocorrência de ações por impulso e impede ações como as de hoje". Concordando com ele nós do Movimento Salvador Pela Paz, estamos engajados na luta contra a violência. Estaremos colaborando com o Comitê Bahiano Pelo Desarmamento ao tempo em que erguemos, cada vez mais alta, a bandeira da não-violência, unica forma de vivermos em PAZ.

Por Jupiraci Borges

Presidente do Movimento Salvador Pela Paz

domingo, 1 de maio de 2011

Bahia Cria Comissão Gestora do Comitê Bahiano Pelo Desarmamento


BAHIA CRIA COMISSÃO GESTORA DO COMITÊ BAHIANO PELO DESARMAMENTO PARA TRABALHAR A CAMPANHA NACIONAL DE ENTREGA DE ARMAS E MUNICÇÕES-CEVAM.

No dia 27 de abril de 2011, das 09:00 ás 12:30h, foi constituída a Comissão Gestora, que irá criar, o Comitê Bahiano Pelo Desarmamento e já marcou a próxima reunião da Comissão Gestora para o dia 10 de maio de 2011, para dar seguimento a Campanha Nacional de Entrega de Armas Voluntária e Munições do Ministério da Justiça em parceria com a Rede Desarma Brasil/VivaRio/Viva Comunidade.

Estiveram presentes na reunião, Almir Laureano Coordenador Nacional Adjunto, representando o Coordenador Nacional o Sr. Antonio Rangel, o Coordenador Regional da CEVAM o Sr. Clóvis Nunes, Dr. Marcos Rezende Coordenador Executivo de Direitos Humanos, Valmir Castro Dois Mundos do SKA REGGAE, Jupiraci Borges da ONG Movimento Salvador Pela Paz, Ademir Santos do Instituto Mão Amiga, Reinaldo Santana e Vanderlino Venceslau, Assesoria ALBA, Ana Maria Santos do Fórum de Direitos Humanos, W.Brandão da Coordenação dos Direitos Humanos, Jeã Flávio da ONG - Recicle Para a Vida e a Dra. Denise Tourinho Superintendente de Direitos Humanos do Estado da Bahia.

A Comissão Gestora se reunirá, novamente dia 10 de maio de 2011, para envolver outras instituições e pessoas para formação do Comitê, também, ficou definido para o dia 18 de maio de 2011, a realização de um Seminário de Formação pelo Desarmamento, na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, com o objetivo de qualificar e atualizar as informações sobre o desarmamento e em especial, todos os detalhes da Campanha Nacional de Entrega Voluntária de Armas e Munições - CEVAM.

A Dra. Denise Tourinho Superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos, por solicitação do Secretário Almiro Sena, determinou ao Coordenador Executivo Marcos Resende, que estabelecesse contato direto com o Ministério do Justiça, afim de que o Comitê Baiano pelo Desarmamento venha a desenvolver suas ações completamente alinhadas com o Governo Federal.