domingo, 28 de agosto de 2011

Desmontando a farsa que Dirceu montou - diz Reinaldo Azevedo


José Dirceu, que a Procuradoria Geral da República acusa de ser "chefe de quadrilha", comporta-se como José Dirceu ao compor uma história mal-ajambrada — que não guarda nem mesmo coerência interna — para tentar mudar o foco da questão. Acreditam em suas palavras os seus subordinados ideológicos, os trouxas e aqueles que fazem negócios com a banda podre do petismo. Enviam-me um link do Portal Terra em que se "informa" que Dirceu acusa VEJA de "invadir seu apartamento". É uma mentira dentro de outra. Nem ele próprio teve essa cara-de-pau. A acusação fantasiosa é de "tentativa de invasão". Quem redigiu o texto tentou ser mais "dirceuzista" do que Dirceu. Ah, sim: para o portal, a notícia está na acusação do "chefe de quadrilha" (segundo a Procuradoria), não no FATO COMPROVADO de ele receber a cúpula do governo num aparelho clandestino.

Dirceu é realmente um homem notável. Parece ter certa dificuldade para identificar um crime. Não por acaso, referindo-se, certa feita, ao mensalão, disparou: "Estou cada vez mais convencido da minha inocência..." Muito bem! No texto patético publicado em seu blog nesta sexta-feira, NUMA TENTATIVA DE INTIMIDAR A VEJA E DE SE PRECAVER DO QUE ELE JÁ SABIA QUE A REVISTA SABIA, afirma esse monumento da moralidade nacional que o repórter Gustavo Nogueira "tentou invadir" na quarta-feira o quarto em que ele se hospedava.

É mesmo? Na quarta?

Sabem quando foi registrado o Boletim de Ocorrência denunciado a suposta "tentativa de invasão"? SÓ NA NOITE DE QUINTA. Ou seja: foram necessárias, então, mais de 24 horas para que a segurança do hotel e José Dirceu acusassem o suposto crime. Que gente lenta, não é mesmo? Que gente lerda, não é? Lembra a piada da pessoa decorosa que dá 24 de prazo para que o outro lhe tire a mão da coxa...

Não percam o fio. A "tentativa de invasão" teria ocorrido em algum momento da quarta, Dirceu não dá a hora, mas o BO só foi lavrado na noite do dia seguinte. O que teria levado à decisão de criar a farsa? Dirceu confessa em seu texto. Na tarde de quinta-feira, o jornalista Daniel Pereira, de VEJA, encaminhou-lhe por e-mail algumas questões, a saber:
1 - Quando está em Brasília, o ex-ministro José Dirceu recebe agentes públicos — ministros, parlamentares, dirigentes de estatais — num hotel. Sobre o que conversam? Demandas empresariais? Votações no Congresso? Articulações políticas?
2 - Geralmente, de quem parte o convite para o encontro - do ex-ministro ou dos interlocutores?
3 - Com quais ministros do governo Dilma o ex-ministro José Dirceu conversou de forma reservada no hotel? Qual o assunto da conversa?

A farsa
Pronto! Dirceu percebeu que a casa tinha caído, que seu bunker — NÃO O SEU APARTAMENTO OU QUARTO — havia sido invadido pela democracia. As perguntas enviadas por Daniel Pereira evidenciavam, sim, que VEJA já sabia de tudo. Era preciso inventar rapidamente uma história; era preciso fornecer à Al Qaeda eletrônica, que presta serviços à banda podre do PT, uma versão, uma história, para espalhar na rede. Afinal, não foi sempre assim? "O mensalão nunca existiu", lembram-se? Tratava-se apenas de "recursos não-contabilizados".

Em se texto ridículo, ele afirma ter o direito de se encontrar com quem quiser. Claro que sim! Não duvido que tenha mantido colóquios com pessoas de muito mais baixa estirpe do que aquelas que foram lá se ajoelhar. Elas é que não podem e não devem manter encontros secretos com um declarado "consultor de empresas privadas", que é só uma perífrase para a palavra "lobista". Se os convivas de Dirceu fossem empresários, sindicalistas, gente sem qualquer cargo público, a coisa não teria o menor interesse. O Zé sentiu cheiro de carne queimada e resolveu investir numa fantasia cretina. Ora, tivesse mesmo havido o "crime" da reportagem da VEJA, que se acionasse a polícia imediatamente. Não! Dirceu só se lembrou de fazê-lo quando recebeu as perguntas enviadas pela reportagem.

Pessoas ouvidas
VEJA ouviu — reproduzi no post da manhã deste sábado imagens que o comprovam — os empregadinhos de Dirceu que foram lá fazer a genuflexão. Àquela altura, todos eles estavam numa troca frenética de telefonemas: "Ihhh, ferrou! A VEJA descobriu!" — como costuma acontecer, né? Era preciso dar alguma resposta. Como explicar que um ministro do Estado, um presidente de estatal, três senadores do PT, o líder do governo na Câmara, entre outros, tenham ido ao encontro de Dirceu, todos eles interessados na queda do então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci? Era, obviamente, uma conspiração contra o próprio governo Dilma. E se criou a farsa da "tentativa de invasão". Cumpre fazer uma nota à margem: ainda que tivesse havido, não há um só dado da reportagem que pudesse ser atribuído a ela.

Quem é o hóspede?
Há outras impropriedades no texto de Dirceu. Ele diz, por exemplo, que a reportagem de VEJA "tentou invadir o apartamento no qual costumeiramente me hospedo em um hotel de Brasília." As palavras fazem sentido. Dirceu nem mesmo é "hóspede" porque quem paga a conta é o escritório de advocacia Tessele & Madalena. Aliás, como informa o BO, a empresa deixa à disposição do valente não um, mas dois quartos. Foi do advogado Helio Madalena, um dos sócios, apurou VEJA, a idéia de denunciar a "tentativa de invasão". Não é a operação mais complexa em que já se meteu. Já se mobilizou, por exemplo, para que o Brasil concedesse asilo político ao mafioso russo Boris Berenzovski. Esses petistas, diga-se, lembram muito aquilo que, no velho Nordeste, se chamava "rapariga": contam sempre um "senhor" que os ajuda. Por que um "consultor" de sucesso como Dirceu não pode pagar a conta dos apartamentos em que "costumeiramente" se hospeda, como ele mesmo diz?

Há mais: a história relatada no BO não bate com o que afirma Dirceu em seu post. As inconsistências, no entanto, são, em si irrelevantes. No fim das contas, é tudo parte do jogo. Essa é uma velha tática dessa gente: espalhar 10 versões ao mesmo tempo, todas elas contraditórias entre si, para que seus adversários percam tempo desmentindo a penca de mentiras, como se estivessem se justificando.

Quem tem se de justificar é José Dirceu!
Quem tem de se justificar é Fernando Pimentel!
Quem tem de se justificar é José Sérgio Gabrielli!
Quem tem de se justificar são todos aqueles que foram prestar serviços ao governo clandestino montado por José Dirceu e que serve de núcleo de conspiração contra o governo eleito, que é o Dilma Rousseff.

Dirceu não foi eleito por ninguém! Ao contrário: Dirceu é, diz a Procuradoria, um "chefe de quadrilha" cassado.

Quanto à Al Qaeda eletrônica, dizer o quê? A canalha vai ter de pedir aumento a quem lhe paga o salário. VEJA TEM OBRIGADO OS VAGABUNDOS A TRABALHAR TAMBÉM AOS SÁBADOS E DOMINGOS.

Por último: VEJA não invadiu lugar nenhum! Quem sabe um dia a ala profissional da Polícia Federal o faça. Afinal, a reportagem de capa, com efeito, não relata um caso de política, mas um caso de polícia.

Por Reinaldo Azevedo, na Veja Online

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Presidente mata a faxineira imaginária, rasga o avental e renuncia à vassoura


Cinquenta e sete anos depois do suicídio de Getúlio Vargas, a presidente da República matou uma faxineira imaginária durante o jantar no Palácio do Jaburu que reuniu o que há de pior nos dois maiores partidos da aliança governista. Em agosto de 1954, acuado por inimigos, Getúlio escapou do cerco com o mais dramático dos gestos. "Saio da vida para entrar na História", escreveu no fecho da carta-testamento. "Nós viemos aqui pra bebê ou pra conversá?", perguntou Dilma Rousseff na abertura da noitada com bons companheiros.

Na continuação do falatório, entre uma troca de sorrisos cúmplices com José Sarney e um olhar de inveja para a segunda-dama Marcela Temer, a convidada de honra comunicou o falecimento da faxineira que nunca existiu. "Quando estou com o PMDB, eu me sinto em casa", emocionou-se. Uma casa habitada pelo PMDB não sabe o que é limpeza. Mas Dilma deixou claro que está feliz com o casamento (em regime de comunhão de bens públicos) que a uniu ao que Ciro Gomes, num surto de lucidez, qualificou de "ajuntamento de assaltantes".

No dia seguinte, durante a entrevista coletiva concedida 50 anos depois da renúncia de Jânio Quadros, a presidente rasgou o avental e devolveu a vassoura presenteada por líderes da oposição oficial e jornalistas políticos. Em agosto de 1961, Jânio consumou a decisão em sete linhas manuscritas e tentou justificá-la num documento que, embora castigasse a verdade, tratava com muita gentileza a gramática e a ortografia. Dilma só conseguiu ser compreensível ao juntar as 18 palavras que enterraram a fantasia: "Faxina, no meu governo, é faxina contra a pobreza. É isso que é a faxina do meu governo". Resumo da ópera: está oficialmente encerrada a faxina ética que nem começou.

Antes e depois do recado, Dilma serviu aos jornalistas uma assombrosa sopa de letras. "Essa pauta de demissões que fazem ranking não é adequada para um governo, essa pauta eu não vou jamais assumir", começou a primeira resposta. "Não se demite nem se faz escala de demissão, nem se quer demissão todos os dias. Isso não é, de fato, Roma antiga". É possível que Dilma acredite que Júlio César foi demitido a facadas. É possível que estivesse pensando em Salvatore Cacciola. É possível que tenha visto na véspera um filme de época no cineminha do Alvorada. Nenhum jornalista procurou esclarecer a misteriosa alusão a Roma.

Todos pareciam intrigados demais com a discurseira em dilmês castiço, transcrita sem revisão pelo Blog do Planalto e reproduzida abaixo em itálico:

"Eu, qualquer, qualquer atividade inadequada, malfeito que for constatado no governo, mantida a presunção de inocência, eu tomarei providências", . O que... Eu não sei de onde sai a informação de vocês, mas, tanto a forma como colocam a política do meu governo contra malfeitos, chamando-a de faxina, eu não concordo com isso, acho que isso é extremamente inadequado – e já disse isso para vocês uma vez... Eu acho o seguinte: que se combate o malfeito, não se faz disso meta do governo".

COLHEITA DE ESCÂNDALOS
Depois da pausa para a pergunta seguinte, Dilma enfurnou-se de novo no matagal de vogais e consoantes:

"Os restos, eu disse para vocês, são ossos do ofício da Presidência, e ossos do ofício da Presidência não se interrompem. A Lei é igual para todos. Não tem aqueles que estão acima da Lei, a Lei é igual para todo mundo".

Sem ter esclarecido o primeiro ponto nem mencionado o segundo, passou aos dois seguintes.

"Terceiro: é importantíssimo você respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes, e eu sei disso, porque eu já passei por isso. Quarto: a presunção da inocência".

Tradução: como ocorre há oito anos e meio, o governo fará o possível para ocultar as delinquências promovidas por bandidos de estimação e, se descobertas, tentará manter os culpados em seus empregos. Desde o primeiro mandato de Lula, os tapetes que escondem quadrilheiros são levantados pela imprensa, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Saudada como um histórico ponto de inflexão, a dedetização no Ministério dos Transportes foi o ponto fora da curva, o acidente de percurso. O afastamento do bando homiziado no DNIT não foi o primeiro da série de confrontos com o clube dos cafajestes. Foi o último.

As anotações no prontuário informam que imaginar que Dilma Rousseff virou varredora de corruptos equivale a acreditar que o sucessor de Marcola na chefia do PCC pode proibir o tráfico de drogas. Ela acha que o mensalão não existiu, foi testemunha de defesa de dois acusados e acha o companheiro José Dirceu "um injustiçado". Depois de tentar reduzir a roubalheira comandada por Erenice Guerra a invencionice eleitoral, absolveu simbolicamente a amiga quadrilheira com o convite para a festa de posse.

Dilma fez o que pôde para manter no primeiro escalão Antonio Palocci, Wagner Rossi e Alfredo Nascimento. Como ocorreu mais de uma vez com o padrinho, a afilhada teve de afastá-los porque o tsunami de denúncias açulou a opinião pública e os donos do poder acharam perigoso retribuir o cansaço do país decente com o desdém e o deboche habituais. Se não tolerasse sujeira, a faxineira de araque já teria demitido os ministros Pedro Novais e Mário Negromonte. Fora o resto.

A sorte do governo é que também os partidos oposicionistas são imaginários. Os escândalos colhidos nos últimos meses foram plantados por Lula e Dilma, em parceria com a turma que participou da noitada no Jaburu. Em vez de desfraldar a bandeira da honestidade, e desencadear a ofensiva contra os quadrilheiros federais protegidos pelo Planalto, a oposição colocou uma vassoura nas mãos de Dilma Rousseff. E se recusa a tê-la de volta. "A faxina precisa continuar", voltou a fantasiar nesta quinta-feira o governador Geraldo Alckmin.

No século passado, agosto era o mais pressago dos meses. Acabou de transformar-se em mais uma prova de que, se em outros países se repete como farsa, a História se repete no Brasil como piada.

http://www.sejabeminformado.com.br/noticia.php?idNoticia=5126

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pedofilização da sociedade


Supermodelo mirim levanta discussão sobre exposição infantil

Para pesquisadora, fotos da modelo francesa de 10 anos de idade que posa como adulta representam "pedofilização da sociedade"

Filha de uma modelo com um jogador de futebol, Thylane Blondeau está com tudo. Fez fotos sensuais num editorial da Vogue francesa assinado por Tom Ford. Sua página de fãs no Facebook chegou a reunir 5 mil pessoas. Ela está no caminho do sucesso para se tornar uma das modelos mais famosas do mundo. A única ressalva é que Thylane tem apenas 10 anos de idade.

Se pensarmos no mundo da moda, Thylane não é tão mais nova que Gisele Bündchen no começo de sua carreira, aos 14. “Há algum tempo, as meninas começavam muito novas. Com 13 ou 14 anos já eram top models, viajavam pelo mundo. Hoje em dia, o mercado vem abolindo esta prática. No final das contas, são crianças para trabalhar”, diz Marcos Lacerda, que cuida das new faces – ou modelos novatas – da agência Ford Models.

Mas as fotos da pequena supermodelo feitas para a Vogue francesa em janeiro, exibidas novamente na TV norte-americana no início do mês, refletem algo muito além do trabalho infantil. “A expressão da sexualidade parece ser uma obrigação para as mulheres hoje em dia, e, consequentemente, é também para as meninas. A idealização de beleza e juventude afeta também as crianças, que não querem mais ser tão crianças assim”, comenta a professora de psicologia e pesquisadora do Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jane Felipe de Souza.

“Crianças mais novas estão agindo e fazendo coisas de crianças mais velhas. Parece que o tempo está correndo cada vez mais rápido para elas”, diz a psicóloga norte-americana Diane Levin, autora do livro “A Infância Perdida” (Editora Gente). Isso é perigoso, afirma ela, pois crianças menores não têm tantos recursos lógicos para compreender situações típicas de outra faixa etária. Ou seja, uma menina de 14 anos pode entender o que significa ter um namorado, enquanto uma menina de oito dificilmente está preparada para lidar com isso.

“A juventude se tornou o principal valor da cultura ocidental, não necessariamente sexualização”, pondera a antropóloga Mirian Goldenberg.

“Pedofilização” da sociedade

Crescer com uma imagem idealizada de beleza e de sedução é o principal problema. “Meninas de cinco anos estão aprendendo a tratar a si mesmas como objetos. E começam a julgar as outras por esse mesmo parâmetro”, relata a autora norte-americana. Além do que representa para as crianças, este tipo de imagem mostra um pouco mais sobre a sociedade na qual elas vivem. “Quando se coloca o corpo infantil como corpo desejável, o que estamos querendo com isso? Nesse sentido, estamos nos tornando uma sociedade pedófila. Estamos construindo um olhar pedófilo em cima das crianças, principalmente das meninas”, diz Jane Felipe.

Na contramão do ocorrido no ensaio de Thylane Blondeau, tem-se também o uso de brinquedos e artigos do mundo infantil em ensaios eróticos, como lembra Jane. Co-autora de “A Infância Perdida”, Jean Kilbourne concorda com Jane. “Estamos criando um clima que normaliza a pedofilia e que coloca nossas crianças em perigo”, acredita. “As meninas querem se parecer com adultas e as adultas, cada vez mais, querem se parecer com meninas”, analisa Diane.


Está nos olhos de quem?

Para Mirian Goldenberg, devido à grande importância conquistada pelo sexo nos dias de hoje, a sexualização pode estar nos olhos de quem vê. “A criança está exposta a todos os olhares, inclusive aos perigosos. Não é a foto em si que é sexualizada, nem a intenção da mãe ou do fotógrafo, mas o olhar do outro. O medo e a perversidade do outro”, afirma Mirian.

Mas segundo Lais Fontenelle, coordenadora de Educação do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, o olhar pode ser perigoso. “A criança não está desenvolvida em todas as áreas, todos os comportamentos. Quando se expõe desse jeito, não está preparada para receber o retorno, receber este olhar”.

Consumo tem tudo a ver

Outra face escondida nas fotos de Thylane – e no uso de qualquer criança como modelo de publicidade – é a exploração cada vez maior das crianças como mercado consumidor. “As mensagens de consumo não diferenciam a idade. Cada vez mais, o mundo adulto foi se misturando ao infantil”, comenta Laís Fontenelle.

“As crianças crescem com a ideia de se sentir bem porque compraram algo bom, e não porque fizeram algo bom”, compara Diane Levin. No entanto, Mirian Goldenberg alerta para o papel limitado da publicidade, que deve ser regulamentada pela sociedade. “A publicidade reflete o que é valorizado. Ela procura entender a cultura em que se vive”, comenta a antropóloga.



E os pais?

Ao perceber que as fotos de Thylane tinham causado tanto impacto na rede, sua mãe, a modelo francesa Veronika Loubry, reagiu de maneira chocada. Fechou a página do Facebook dedicada à menina com o seguinte recado: “Thylane não sabe sobre nada disso [referindo-se à polêmica] e eu quero protegê-la. Ela é tão nova! Por isso, resolvemos fechar esta página”.

De acordo com as autoras de “Infância perdida”, Diane Levin e Jean Kilbourne, uma das principais maneiras de se proteger as crianças é manter o espaço aberto para a comunicação com elas. “Pais não deveriam comprar roupas sensuais para suas filhas e deveriam elogiá-las por qualidades que não somente as suas belezas”, diz Jean.
A força do exemplo também é indiscutível. “Eles podem escolher ser menos materialistas. E conversar com as crianças sobre as mensagens recebidas pela publicidade, pois elas entendem”, diz Lais Fontenele. “A partir do momento em que os pais deixam de colocar todos os valores da vida de seus filhos só na beleza e no exterior, e passam a colocá-los em uma série de compromissos internos e competências, já estão fazendo uma grande diferença”, finaliza Jane Felipe.



FONTE: http://delas.ig.com.br/filhos/supermodelo+mirim+levanta+discussao+sobre+exposicao+infantil/n1597161332841.html



O PELOURINHO QUE NÃO É BOM PARA OS TURISTAS


Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

O Pelourinho de Salvador que não está nos cartões postais

Os comerciantes do Pelourinho cobriram, na manhã de quarta-feira, 2, as fachadas dos antigos casarões do Centro Histórico com panos pretos. Eles também fecharam as portas das lojas a partir de 15h, quando fizeram uma manifestação no Terreiro de Jesus.

Segundo o presidente da Associação dos Comerciantes do Centro Histórico de Salvador (Acopelô), Lenner Cunha, o ato foi um protesto contra a falta de políticas públicas do prefeito e governador para a região.

Na verdade o pelorinho está largado a mingua, o tal projeto de revitalização nunca sai do papel e sempre uma nova desculpa.

A cidade de Salvador deverá se reinventar, pois está tudo abandonada, é uma vergonha, dá medo, no entorno do MERCADO MODELO é um abandono total, o centro comercial, está uma lástima, casarões antigos abandonados, ao lado do elevador dá medo, segure a sua carteira, seu celular e principalmente a sua câmera digital. O Pelourinho está abandonado, a feira de SÃO JOAQUIM é uma imundice. vergonha . Quem duvidar de mim, vá lá ver e comprove. O povo precisa reagir, antes que seja tarde.
Na verdade também o que mais afasta e assusta os turistas no Pelourinho,é o assédio chato e agressivo, que os vendendores de fitinhas e bujigangas de "prata"(aluminio) fazem aos turistas. chega a ser desconfortante. turista que ser tratado como sua majestade "o turista". senão eles não voltam.

E, os nossos governantes tanto esse prefeito como esse governador, acham que a Bahia vai bem? onde na saúde, na educação, na segurança publica onde até Delegado jovem morre executado na estrada de Camaçari e ainda inventam que foi tentativa de assalto. Incventem outra !!! É uma vergonha!

Tudo isso aí são frutos amargos deste governo horrivel ele quer que a Bahia se exploda.

Prá dizer a verdade, o que é que o Pelourinho além de fachadas pintadas??? Por detrás do centro, onde fica a concentração para as festas encontram-se prostituição e drogas. Infelizmente essa realidade é muito dura. Alguma ação é necessário e esta pode provocar outras tantas outras importantes para a sua revitalização real não virtual. Chega de tanta mentira bolas !!!

Já que o Estado e a Prefeitura abandonaram o Pelorinho,como o resto da cidade,por que não abandonam também a cobrança dos impostos?

Esta é a "Bahia de todos nós", 90% entregue aos bandidos com os cérebros carregados de alcool, maconha, crack cocaina ou cola de sapato que quando entram nos coletivos, pizzarias, churrascarias e restaurantes, só nos resta ajoelhar ou agachar com as mãos na cabeça e orar para que o Sr Jesus nos proteja e que esses filhos do diabo sigam seu caminho sem machucar ou matar alguém..

Salvador está assim. Depois querem falar mal do Rio de Janeiro.

Aqui nem dentro de uma pizzaria ou churrascaria com ar-condicionado e telões, você tem sossego ao lado de sua famíla ou amigos.

Porque tá demais o total abandono e descaso desses governantes...alem da falta de seguranca, policiamento,sujeira sem fiscalizacao nos estabelecimentos da vigilancia sanitaria onde os banheiros sujos...ex: a Cantina da Lua lugar tão bonito, porém precisa fazer uns ajustes no setor limpeza. A arquitetura sem minimo de restauração...pena nossa cidade e tão bonita...vamos ajudar a salvar nossa cidade do descaso publico!

Também é uma vergonha a situação atual do pelourinho. A malandragem controla toda a área. Os turístas são abordados por bebados, vendedores não credenciados e à noite o crack domina. É lamentável, pois o quartel da PM está no local. Que tristeza, pobre Salvador.

Agora Governo do Estado do PT, vocês acham que assim dessa maneira vão valorizar o que foi reconstruido pelo Governo ACM?....Vocês estão redondamente enganados. Vocês são é incompetentes e vingativos e querem destruir tudo que foi feito por ele.
Para atingir a quem ????

Graças ao PT o " partido das trapaças" ,a nossa capital virou uma praça de guerra,nos transformamos no Estado mais violento do país,nossas atrações turisticas estão todas decadentes, os que não gostavam de ACM e não quiseram votar no Paulo Souto baiano legítimo e não um carioca como o Jaques Wagner que não tem nada a ver com a nossa Bahia, contribuiram para essa para essa decadencia, essa desgraça através do Jaques Wagner. Tomara que o povo não cometa outro erro em Outubro.

Interessante é que Antônio Imbassaí o prefeito anterior sempre quis por ordem na casa, e nem sequer foi ao segundo turno, agora muita gente tem que colher o que plantou.

Inclusive o pessoal simpático e trabalhador das barracas de praia que a Prefeitura mandou destruir todas as barracas deixando os barraqueiros de cuia nas mãos e todos os ambulantes que foram na conversa do diabo !!!

Continuando amigos turistas ... Lagoa do abaeté, abandonada com uma invasão terrível bem próxima dela, onde ocorre assaltos, agressões e até estupros, parques abandonados, pelourinho a míngua, a belíssima Praça da Piedade em frente a Secretaria de Segurança Pública, local que tem mais ladrão e pivetes por metro quadrado. As mulheres e os aposentados que digam. Além dessa praça servir de motel, sanitário público, lavanderia e dormitório de mendigos ladrões, sacizeiros e vagabundos......Será mesmo Salvador essa capital do turismo? Ridículo.

Contudo.....Parabéns para os amigos comerciantes que estão tendo o que todos nós precisamos ter: iniciativa, coragem e cidadania!! É isso aí! o dia que o povo perceber a força que tem, a realidade terá a transformação que tanto sonha, apesar desses governos; um morto e o outro incompetente.

O centro histórico, não é só da Bahia mas do Brasil, é onde tudo começou, e está tão abandonado !!!É uma pena ver o pelourinho como está, a população tem até medo de ir ao local .

Tenho 50 anos e cansei de ir ao pelourinho de mãos dadas com minha mãe aos 5 ou 6 anos de idade. Por isso me corta o coração vê-lo abandonado assim .

Fica até parecendo uma vingança perversa às bem-feitorias feitas pelo falecido ACM e seu eficiente grupo que não envergonhavam a Bahia.

Inclusive se ACM fosse vivo ou se não fosse o PT que governasse o nosso Estado ou se nosso governador fosse baiano, a situação das barracas de praia já teria sido resolvida a muitos séculos.

No Pelourinho também, a pobreza está tirando os turistas que circulam todos os dias na região, é óbvia. A quantidade de pedintes nas ruas, principalmente em épocas de temporadas, é alarmante. Aliás, todos os nativos falam inglês, desde pequenos, o necessário para arrumar algo com os estrangeiros. O entorno do Pelourinho é abandonado e tem cor, a pobreza é negra nas comunidades, que não são poucas. Logo ao lado das igrejas históricas, da Casa de Jorge Amado, doELEVADOR LACERDA, pontos que os turistas registram em suas máquinas fotográficas quase que mecanicamente, existem a rua da Independência, da Liberdade e a 28 de Setembro, por exemplo, lugares onde funciona o tráfico varejista de drogas. Tooodo mundo,vê menos a polícia. O crack está devastando gerações, na rua, à luz do dia. Ao me dirigir a Praça da Sé para comprar matriais eletrônicos como faço toda semana, curiosamente no trajeto perguntei a um flanelinha, viciado na droga como é que iam as coisas por ali , e ele me disse que à noite as vielas nos arredores ficam lotadas.

Hipocrsías à parte, todo mundo que circula por ali sabe que só existe tráfico ali graças à polícia local. Volta e meia, agentes da polícia civil aparecem, mas os guardas que permanecem no dia a dia são, no mínimo, omissos ou coniventes com a venda das drogas. Na Bahia, do ano passado para cá, foram mortas cerca de 2.300 pessoas, disse. As cadeias estão lotadas, o destino desses meninos são a morte, a seqüela das violações ou a prisão, milhares deles.

Gente, a realidade é a seguinte: Depois de ACM, sinceramente não vi mais nenhum governante fazer nada pelo Pelourinho essa é a realidade.

Finalizando, que essas e outras barbaridades e absurdos que estão acontecendo aqui em Salvador sirvam de exemplos para as eleiçções vindouras....Só quero ver se teremos esse incompetente do Jacques Wagner por mais 4 anos!
e o incompetente do João Henrique também !!!


JOSE JOAQUIM SANTOS SILVA
jjsound45@hotmail.com

Link Original: http://www.paralerepensar.com.br/paralerepensar/texto.php?id_publicacao=11877

ONGs: a urgência de um novo marco regulatório


A recente onda de denúncias relacionadas à Operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão de ocupantes de cargos no Ministério do Turismo, pelo suposto envolvimento em desvio de recursos públicos por meio de convênios firmados com organizações não governamentais (ONGs), explicita novamente a importância de regulamentação da atuação das organizações da sociedade civil no Brasil e de se elaborar uma política de Estado que assegure autonomia política e econômica a elas.

O debate se insere em um contexto de deslegitimação e criminalização das ONGs e movimentos sociais, a despeito de seu protagonismo no processo de democratização do País, das experiências que desenvolvem na área social e da sua participação na articulação de movimentos de cidadania planetária. Ainda que seja fundamental a atuação das ONGs na conformação de relações sociais mais igualitárias, permanece a insegurança jurídica neste campo de atuação. Isto prejudica o necessário fortalecimento dos processos organizativos e participativos em que as organizações se inserem, e favorece práticas clientelistas engendradas nas relações entre governantes, entidades de fachada e iniciativa privada.

Por isso, durante o processo eleitoral, em 2010, cerca de 200 organizações e movimentos sociais, dentre as quais a ABONG, subscreveram e encaminharam aos presidenciáveis uma Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil. Respondendo à iniciativa, Dilma Roussef se comprometeju a, no prazo de um ano após a posse, construir esse novo marco político e legal articulando as instâncias governamentais envolvidas e as organizações sociais. Em seu primeiro discurso no governo, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estipulou um prazo de seis meses para equacionar o problema. Além de iniciar o diálogo com as diversas instâncias governamentais que precisam ser engajadas nos trabalhos, como os ministérios da Justiça, Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, Fazenda, Planejamento e Controladoria Geral da União, a Secretaria Geral da Presidência promoveu uma primeira reunião com os representantes da Plataforma em maio. A comissão de trabalho mista, entretanto, ainda não foi oficializada.

A ABONG e os demais representantes de organizações da sociedade civil estão apreensivos com a morosidade dos encaminhamentos. Temos a certeza de que o fortalecimento da participação cidadã e o combate à corrupção são ações estruturantes para o desenvolvimento da democracia brasileira e precisam ser tratados com a devida prioridade. Precisamos de leis, normas e regulamentações que estimulem o envolvimento da cidadania em causas públicas e garantam o acesso democrático a recursos públicos, com mecanismos que permitam tanto a utilização eficiente dos recursos alocados quanto sua ampla publicização para controle social.

Isto passa necessariamente pela configuração de uma democracia participativa no Brasil, a partir da criação e melhoria da qualidade de espaços e processos que estimulem o envolvimento de novos atores em questões de interesse público. Para tanto, é igualmente fundamental que organizações e governos se comprometam com a intensificação e melhoria da qualidade de suas atuações e com o aperfeiçoamento das práticas de gestão e transparência. Nesse sentido, ressalta-se ainda a importância de fortalecimento da Proposta de Iniciativa Popular de Reforma Política, lançada em 16 de agosto, para uma coleta de assinaturas que torne possível seu envio ao Congresso Nacional. Trata-se de uma reforma política ampla e democrática, que propõe mudanças para além do sistema eleitoral e reivindica a inclusão de grupos sociais tradicionalmente alijados dos espaços de poder.

Dentre os efeitos nocivos da criminalização das ONGs no Brasil está a possível diminuição do engajamento da sociedade na esfera pública e nas ações coletivas que visam o bem comum. Frente a isso, é fundamental a qualificação do debate público acerca deste tema, o que requer uma abordagem mais pluralista pela imprensa, com abrangência condizente com a diversidade de atuações das organizações da sociedade civil. Para construirmos relações sociais mais democráticas, é preciso restabelecer a confiança da sociedade em sua própria capacidade de gerir seus destinos, com base em valores de equidade e justiça, incentivando o engajamento de mais cidadãos e cidadãs em causas de interesse público.

ABONG – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais

sábado, 20 de agosto de 2011

Morrer para Viver


Por Islan Nascimento

Neste espaço em que refletimos sobre saúde, você deve estar pensando que mudamos o foco... Sempre que se fala em saúde relacionamos logo com a palavra VIDA. Também faço essa ligação. Todo médico faz. Toda a gente faz...

Acontece que um evento que só ocorre uma vez em toda nossa vida, que é bem mais importante que qualquer outro. Mais até que o dia em que sua filha se casa com o melhor dos maridos (quem é pai vai entender essa comparação). Esse evento é deixado de lado, é tema para não se conversar: O Morrer.

Muitas são as maneira erradas que se aborda o tema: filmes de terror, os programas de TV do meio-dia sobre os assassinatos da cidade, o suicídio de jovens na capa do jornal,... Sempre algo distante e fictício. Até que um dia. Sem que a procuremos. Ela entra em nossas vidas, sem ser chamada. E por mais que ela exista, e sempre existirá, nos pega desprevenidos, sempre.

No momento que ela aparece, abre-se um portal para outros aspectos do conhecimento humano. Não há mais a ciência, a medicina, a razão. Agora é assunto para as religiões, o sobrenatural, a emoção. Fica a pergunta: O que acontece na morte e após ela?

Há três décadas, o psiquiatra norte-americano, Raymond Moody Jr. trouxe ao conhecimento do grande público uma coletânea de relatos de EQM - Experiência de Quase Morte, através do livro "Life after Life" (1). Os pacientes trazem todos os sintomas de morte clínica: ausência de batimentos cardíacos e resposta neurológica aos estímulos. As vítimas, ao serem “ressuscitadas”, relatam que flutuaram sobre o seu corpo físico, acompanharam os acontecimentos e perceberam que possuem outro corpo, e que sua consciência acompanha este novo corpo, de natureza extrafísica. Pacientes encontram-se com seus familiares e amigos já falecidos, com imensa alegria. Todos lhe dizem das tarefas desenvolvidas neste mundo extra físico, da necessidade de continuar trabalhando, evoluindo e estudando, que os laços familiares não se rompem, pelo contrário, se fortalecem através do amor e do perdão.

Mas algo muito importante fica com essas pessoas que passam por estas experiências: a valorização da vida e a menor preocupação com as coisas materiais. Falam da sensação de felicidade por estarem perto de seus familiares e amigos. Muitos mudam suas maneiras de viver.

Do lado da ciência os pesquisadores mais e mais buscam entender estes eventos de “Quase Morte”, quem sabe encontrando nossa porção espiritual nestas experiências. Abre-se assim uma nova área de pesquisas, que ajudará, entendendo melhor a morte e termos uma vida mais cheia de VIDA.

Do nosso lado fica a pergunta: será que precisamos “quase morrer” para que os verdadeiros valores da vida possam ser buscados? Entendendo a Morte poderemos ter mais VIDA? Para muitos a morte ainda será uma grande surpresa, ainda terão que MORRER PARA VIVER...

1 - http://magazine.godsdirectcontact.net/portuguese/179/ss_38.htm

domingo, 7 de agosto de 2011

Basta de violência !!! Capital e interior pedem socorro !!!


A taxa de homicídios em Salvador - 61 por 100 mil habitantes - é 5 vezes maior da que a ONU estabelece como suportável para grandes cidades: 12 por 100 mil. Os números em todo estado também são altos: 36 por 100 mil habitantes.



Pelo segundo ano consecutivo a Bahia de TODOS NÓS (???) registra o maior numero de casos de homicídios de homossexuais, em todo o Brasil.



Na maioria dos bairros da capital baiana, moradores vivem com medo de sair de casa. As estatísticas oficiais explicam este sentimento: nos últimos cinco anos, o número de homicídios cresceu 50% na Bahia. E, em Salvador, o aumento foi de 70%.



Por 25 anos, o módulo policial funcionou nos bairros como posto de socorro da segurança pública. Era o primeiro lugar que os moradores buscavam nos momentos de perigo, quando se sentiam ameaçados ou atingidos pela violência.



Com a desativação desses módulos, os índices de violência nos bairros aumentou consideravelmente. Os carros de polícia fazem ronda mas a população não se sente segura. Há uma unanimidade em relação a importância da reativação dos módulos mas o governo, embora eleito para servir ao povo, lamentavelmente se recusa a ouvi-lo. Os líderes comunitários dizem que na época dos módulos a população se sentia protegida. Para os moradores de bairros como o Acupe de Brotas , onde a violência era praticamente inexistente quando o módulo funcionava. As viaturas chegam apenas depois do crime acontecido. Já os módulos servem para inibir as ações dos criminosos.



No interior da Bahia, uma onda de assaltos a bancos tem apavorado as pequenas cidades. Os bandidos utilizaram dinamites para explodirem caixas eletrônicos e fogem, sem ao menos serem perseguidos. Isso acontece porque essas cidades, em sua maioria, não tem a mínima estrutura, nem de pessoal e nem de equipamentos para combater ou mesmo prevenir os crimes. É uma media de três policiais por cidade. Isso parece uma piada mas não é.



O Governo faz investimentos como a implantação de programas de proteção ao cidadão e da implantação de UPP em Bairros contaminados pelo trafico, como o Calabar. Investe em efetivo policial na capital e Região Metropolitana, dois mil novos policiais militares, segundo o próprio governo, mas igual aos governos anteriores, não consegue trabalhar com prevenção, apenas com combate. Precisamos de ações de prevenção. A Lógica não pode ser apenas de combate. Fazer investimento público em programas e campanhas de prevenção, democratizar a segurança no sentido de interiorizá-la para todo estado, é o que se espera de um governo que tem como slogan, “UMA BAHIA DE TODOS NÓS”.



O MOVIMENTO SALVADOR PELA PAZ solidariza-se com a população de Salvador , também com o interior. Para o Coordenador da ONG, sediada na capital,o Sr. Jupiraci Borges “ a capital e o interior estão as moscas e jovens que poderiam estar estudando estão sendo cooptados pela criminalidade. O Governo pode dizer que é de TODOS NÓS e DE TODA A BAHIA, mas não é o que vemos nos noticiários, nos boletins de ocorrências e no fatídico cotidiano das cidades baianas. Somos ainda, infelizmente, desiguais em tudo”, conclui.



O mais triste é percebermos que os moradores dessas pequenas cidades, antes de portas abertas hoje já adotam as grades e elevam seus muros para sentirem-se seguros. Nada mais de jardins e quintas à mostra. Todos e Todas estão cada vez mais encarcerados em suas casas. É uma pena chegarmos a esse ponto. Muda-se a paisagem bucólica e a rotina na vida de nosso povo e o governo não consegue eleger suas prioridades e combater efetivamente essa onde de violência. Somos todos vitimas da incompetência e do descaso. Ta na hora de dar um basta !!!.



Com a palavra, o Governador ...